domingo, 22 de novembro de 2009

A morte como redenção.

O segundo negro – o primeiro foi Paulo Lauro, em 1947 - a chefiar o Poder Executivo municipal de São Paulo, o economista Celso Pitta, morreu ontem, vitimado por um câncer no intestino.

No último ano do seu mandato, em 2000, Pitta já começou a viver o que seria a sua sina: sua ex-esposa, Nicéia Pitta, fez uma série de denúncias de corrupção contra ele e afirmou que vinha sendo ameaçada de morte.

Quando saiu da prefeitura, em dezembro de 2000, iniciou-se o inferno de Pitta, que se viu envolvido em problemas familiares e denúncias de corrupção.

O bloqueio de todos os seus bens pela justiça o deixou em dificuldades financeiras e a batalha judicial que vinha travando para se desvencilhar de um passado que insistia em se fazer presente, corroeram-lhe a resistência ao câncer que também enfrentava.

Talvez para Pitta, que lutava contra um câncer e 13 ações judiciais que lhe queriam também devorar o intestino, a morte tenha sido uma redenção.


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