sábado, 19 de dezembro de 2009

No reino da Dinamarca.

Copenhague está condenada a um G2: EUA e China.

Os dois maiores poluidores do planeta impedem Copenhague de sair da feira livre em que se transformou.

EUA e China não pretendem discutir as metas de redução de emissões já anunciadas e batem o pé nas tímidas propostas por ambos apresentadas antes da conferência.

O que os EUA e a China – que juntos emitem 40% do carbono - propuseram, na prática não reduz 3% das emissões até 2020.

Aliás, não se trata de uma proposta, mas de um anúncio. Os EUA ainda usaram o eufemismo de impedimentos legais internos que precisam ser suprimidos, mas, a China, mais direta, participou que aqueles eram “os objetivos e não temos intenção de submetê-los a debate".

Depois desta prosa do G2, reforça-se a minha desconfiança que 99% da turma que se fez à Dinamarca, nada tem a fazer em Copenhague a não ser bater fotos da pequena sereia, na beira do cais.

Neste convescote em que se tornou a COP15, cai perfeitamente bem aquela frase que Shakespeare escreveu em Hamlet: "Há algo de podre no reino da Dinamarca".
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