sábado, 5 de dezembro de 2009

Divisão do Estado do Pará.

Aprovou-se ontem, no plenário do Senado Federal, o Decreto Legislativo que autoriza o plebiscito sobre a criação, ou não, do estado de Carajás.

O decreto segue para o plenário da Câmara Federal, onde, quando pautado, deverá também ser aprovado.

O decreto em tela não tem o poder de criar o estado: apenas autoriza a realização da consulta popular, onde os eleitores interessados irão dizer se querem, ou não a criação.

Aí mora uma das primeiras contendas a serem dirimidas na questão: a população interessada é a de todo o Estado do Pará ou somente aquela da área a ser desmembrada para formar o novo Estado?


Sempre que o projeto de emancipação do Sul do Pará dá um passo, retornam os mesmos discursos, com os mesmos tons, de onde se lêem os mesmos juízos.

Os que são contra, na falta de perspicácia para qualificar o debate pelo objeto, partem para cima do sujeito: políticos interesseiros, que manipulam massas ingênuas vendendo a ilusão de dias melhores no pior dos mundos, são os que advogam a divisão.

Os que são a favor, acham que, de fato, vivem no pior dos mundos e que precisam se emancipar, fazendo disto o purgatório do relento a que se julgam condenados pela imensidão do território paraense, e pela pouca habilidade geopolítica historicamente aplicada a este território.

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