segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pressão das teles faz Anatel arrefecer.

Dados do Ministério das Comunicações traduzem a marotagem à qual foi submetido o consumidor de linhas celulares no Brasil e o acerto, embora tardio, das medidas supressivas da Anatel.

A guerra de preços entre operadoras, que lançam planos mirabolantes para alcançarem vantagens de centavos e segundos sobre as concorrentes, por um lado beneficiou o usuário, mas foi melhor para as operadoras, que viram o número de linhas crescerem em 40% desde 2009.

As linhas aumentaram e com elas o tempo de ocupação das células (em 2009 cada cliente passava, em média, 86 minutos por mês ao celular. Em 2011 esse tempo subiu para 115 minutos: um acréscimo de 33,7%), mas investimentos em infraestrutura não acompanharam a expansão das linhas.
As operadoras tentavam encher com 5 litros de água um recipiente que só comporta 1 litro e o vaso entornou em forma de péssimos serviços: as teles estão em 1° lugar na lista de reclamações no Brasil.

A Anatel, diante do pesado lobby que se fez pelo recuo nas medidas decretadas (teve até pedido da Embaixada italiana no Brasil, pela TIM) arrefeceu o discurso e ensaia aceitar as duvidosas intenções das operadoras em fazer investimentos que mitiguem os péssimos, e caros, serviços que prestam.
Se houver o recuo sem um plano efetivo de investimentos que se inicie ontem, ficará comprovado que o movimento da Anatel foi puramente político assim como a decisão de recuar politica é.

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