segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os lucros da indústria tecnológica.

Há 10 anos, quando um PC 486, vendido a US$ 2 mil, era o top da computação pessoal, Nicholas Negroponte, fundador e professor do Media Lab, o prestigiado laboratório de multimídia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), na qual ele afirmou que o custo de fabricação de um 486 tangia os US$ 180 e chegava às prateleiras por US$ 250.

Negroponte criticava a ganância da indústria tecnológica, cujos lucros fizeram as fortunas dos barões da informática.

A afirmação de 10 anos encontrou, esta semana, uma comprovação fornecida pela HP, que resolveu se desvencilhar do seu braço de fabricante de PCs e queimou os seus tablets que estavam consignados nas gôndolas das principais redes de informática dos EUA, a US$ 99.

Os tablets estavam sendo vendidos a US$ 399 e a HP não liquidaria as faturas por menos do que elas custaram, o que é índice de que os aparelhos chegam às prateleiras por menos do que US$ 99: a HP estava lucrando perto de 200% nos costados de ávidos consumidores de tecnologia.

É possível elaborar, dos fatos, um corolário de mercado: não são os chineses que vendem muito barato, são os outros que vendem caro demais.

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