terça-feira, 20 de setembro de 2011

The Minority Report,

Philip Dick escreveu “Minority Report”, um conto de ficção que se passava em 2054, quando a polícia era avisada por paranormais, que ficavam confinados em uma bolha, sobre crimes que ainda iriam ocorrer. Desta forma, os delitos poderiam ser evitados através da prisão preventiva dos futuros criminosos.

Em 2002, Steven Spielberg filmou o conto colocando Tom Cruise no papel do policial John Anderton.

Bons ficcionistas são profetas tecnológicos: os paranormais confinados do conto poderiam ser elaborações algorítmicas embarcadas em poderosos processadores.

No “Los Angeles Times”, que em Santa Cruz, na Califórnia, 2054 está chegando: “dois matemáticos, um antropólogo e um criminologista, baseados nos modelos que analisam réplicas de terremotos e nas estatísticas de criminalidade de anos anteriores, desenvolveram para a polícia um banco de dados que indica onde e quando os próximos crimes têm mais chance de ocorrer.”.

A acuidade das "premonições" ainda tem percentual baixo, mas, à medida que cresce o banco de dados, a margem de erro diminui.

Mesmo assim, os resultados práticos me ensimesmaram: segundo fontes oficiais, “diversos delitos foram impedidos e cinco pessoas foram presas a partir das previsões do programa.”.

Vejo aí, à medida que o banco de dados for crescendo, para aprimorar o programa, o início de uma distopia, como em "1984", de Orwell, ou "Admirável mundo novo", de Huxley: ambos imaginaram um Estado totalitário, onde o cidadão cedia a sua individualidade à completa manipulação do "Grande Irmão" em um, e em "Nosso Ford" no outro.

Prefiro as utopias, quando, indefinidamente, buscamos um mundo ideal, conforme os nossos próprios conceitos - é isto que tem levado o ser humano a progredir -, do que a realidade totalitariamente mecânica das distopias que a tecnologia aética pode proporcionar.

Fonte : Site tecnologia humana.

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