terça-feira, 22 de maio de 2012

O facebook é onda da vez. Até quando?

O noticiário tecnológico da semana passada foi tomado pela estreia do facebook na Bolsa.
Destarte opiniões em contrário e mesmo as ações tendo caído de preço na abertura dessa segunda-feira (21), opino que a IPO foi um sucesso: ficaram mais ricos em no mínimo US$ 1 bilhão a diretora de operações Sheryl Sandberg e no máximo, em US$ 19,3 bilhões, o próprio Mark Zuckerberg.

O roqueiro do U2, Bono, que em 2009 desembolsou US$ 90 milhões (o chamaram de lunático por isso) para comprar 2,3% do facebook, viu o seu investimento inicial se transformar em US$ 2,5 bilhões.

O facebook, que vale US$ 100 bilhões 9 anos depois de ser criado como diversão em um quarto de Harvard, é um exemplo de como a internet pode, rapidamente, “erguer e destruir coisas belas”.
Todo cuidado é pouco nesse mercado tão volátil quanto os bytes nos quais se erige, por isso não é possível afirmar por quanto tempo o facebook persistirá crescendo.

Quem apostaria, há 5 anos, que a Google estaria com o bafo do facebook nos calcanhares? Quem imaginaria que a Netscape (a mãe de todos os browsers) o Yahoo, a Nokia, a Sony, o BlackBerry, donos absolutos dos seus respectivos latifúndios até ontem, estariam suando hoje para não sucumbirem aos desafios do turbilhão de uma novidade por dia.
Mesmo o iPhone, que sequer amadureceu a plataforma, já vê a sua hegemonia ameaçada pelo sistema aberto da Google.

O usuário não é dócil à fidelização e quer experimentar tudo que há de novo: a humanidade está na adolescência tecnológica e quer beber até cair.
O ser humano quer portar tecnologia. Isso se chama customização (e escalabilidade, para ser geek). Cada um quer algo que se adapte a sua personalidade e não se acanhe as suas perspectivas, daí porque o sucesso do android: ele se abre a quem quiser se aventurar por ele.
O facebook ainda não surfa a mobilidade. O seu desafio é investir algo dos seus bilhões na onda, pois antes que as suas unidades acionárias consigam valorização à altura dos investimentos, os desktops, notebooks e tablets estarão obsoletos e algum outro zuckerberg poderá ter desenvolvido uma rede social que se acesse a partir das lentes dos óculos.

Veja abaixo alguns números do facebook:





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