segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ledo engano.

A tentativa do tucanato em manter em sigilo absoluto o affair do então candidato à presidência da República, FHC, com a jornalista Miriam Dutra, da Rede Globo.

Na campanha de reeleição de FH o caso veio novamente à tona com revelações de que do affair resultara um filho, que ele conseguira com a Globo, enviar para a Espanha, juntamente com a mãe, que, de fato, passou a ser correspondente da Rede Globo naquele país.

FHC, todavia, foi poupado de maiores constrangimentos ou explicações. A imprensa nacional sempre tratou FH como a imprensa americana tratou JFK: minimizando assuntos que, com outros (Lula aqui e Nixon lá) seriam manchetes de primeira página.

Somente em 2009 FH reconheceu Tomás, 18 anos, oficialmente, em um cartório de Madrid, dispensando a providência de antes fazer o exame de DNA: deveria confiar cegamente em Miriam para dispensar a praxe.

Mas, os filhos legítimos do ex-presidente desconfiavam do fenótipo de Tomás e exigiram do pai que, mesmo depois de reconhecido, fosse procedido o exame de DNA, a que tanto Tomás como FH acederam.

Em 2010 veio o primeiro calafrio: o exame, feito em São Paulo, deu 100% negativo. Para tirar a prova dos nove, FHC viajou para Nova York, onde está Tomás, e repetiram o teste: 100% negativo de novo.

As paredes ouvem e contam o que escutam, o folhetim vazou e a imprensa nacional repercutiu, informando que o ex-presidente pretende manter o reconhecimento oficial: segunda a turma que toma café no jardim do Shopping Higienópolis, há controvérsias.

É claro que este é um assunto de alçada pessoal do ex-presidente, mas as explicações de Miriam Dutra ainda renderão muita conversa nas rodadas.

Folha de S. Paulo.

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